O Guia dos Ladrões de Tumbas Ancestrais
autor desconhecido
Caso você tenha olhado curiosamente para os conteúdos
desse livro com a esperança de ser instruído como perceber as mais ricas tumbas
das colinas de ferro, aquelas pertencentes a shamans, chefes de guerra e
heróis, ou simplesmente aquelas que são repletas de riquezas e ouro, então esse
livro é para você, seu Tshamek nojento.
Seja você um ignorante morador de Selvalis, ou um
expansionista rosettani, em algum momento você irá sentir uma necessidade profana
de profanar os salões sagrados de nossos ancestrais com suas mãos sujas e
corações egoístas. Seja para roubar a mais insignificante jóia ancestral, ou
quebrar os selos de seus altares e roubar seus corpos para propósitos
necromânticos que atraem todo o tipo de baixa-moral como você, você precisa
receber toda a ajuda possível para poder o fazer bem.
Um caern tem um único uso, e esse é, claro, providenciar a
qualquer um com os culhões necessários os meios de preencher seus bolsos com as
posses mortais dos falecidos. Nominalmente, eles são também onde as cinzas de
Quah decentes e de moral são guardadas, mas esse é um pequeno caso de
conseqüência nula.
Apesar de que isso é apenas uma chatisse perante a
perfeição absoluta, um saqueador pode acabar por sujar suas botas com os restos
cremados, então cuidado é necessário. Enquanto muito comum a qualquer outro
tipo de cinza, a cinza de nossos ancestrais é bastante distinta. Tal cinza é
particularmente difícil de remover de roupas e armadura, portanto alguém com
esses problemas deve procurar o chefe de guerra Skoan-Quah mais próximo, pois
como eles trabalham com os mortos, necessitam de uma forma de remover as cinzas
de suas roupas. Simplesmente apresente sua necessidade a eles, que poderão lhe
ajudar.
Caerns ancestrais são protegidos por espíritos que existem
para proteger nossos ancestrais, mas sua capacidade de conseguir o fazer é
muito fraca. Tome-se nota que não se deve usar qualquer arma para os enfrentar;
é possível se notar que esses mortos-vivos só podem ser feridos por armas de
uma qualidade inferior a certo padrão. Qualquer coisa que não for mágica e
feita com materiais simples deve servir. Para aqueles que realmente se
interessam por esse guia, devo recomendar que os enfrente sem magias nem armas mágicas.
A razão para isso é simples de entender – os guardiões de nossas tumbas têm um
certo aspecto mágico neles, então eles ignoram armas mágicas e feitiços,
especialmente os que convocam energia. Somente quando encarados com armas
simples de aço ou madeira ou pedra é que eles podem ser feridos.
Quando roubando dos mortos, felizmente apenas as perícias
de ladrão mais rudimentares são necessárias, pois enquanto nossas tumbas
possuem trancas, elas são de qualidade bárbara, no mal-sentido, e não possuem
armadilhas: Caerns ancestrais costumam ser visitados por nós hin, portanto não
podemos criar armadilhas terríveis nas quais cairíamos. Por isso qualquer um
pode sair arrombando portas à vontade, sem se preocupar com armadilhas. Nem
mesmo existe a necessidade de se preocupar com os espíritos guardiões, pois
esses não podem perseguir um assaltante para fora da sala onde está preso.
Estrangeirus Estupidus, o centurião rosettani, antes de
entrar em uma tumba para a saquear, se perguntou “Os quah aprovariam isso?”. Oh
Estupidus, por favor, vá em frente! Afinal de contas, quando foi que os tshamek
se importaram com a opinião dos Hin? Isso mesmo, nunca. Vá em frente e quebre
as tumbas com os últimos restos de nossos pais. Prossiga em surrupiar as posses
que nossos antepassados cuidaram por tanto tempo. Essa atitude é o motivo
principal para que os quah recebam tão bem seu povo em nossas terras, portanto
eu imploro que tome vantagem de nossos caern.
Em conclusão, bons saques, lixo!
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on quarta-feira, setembro 19, 2012
at 15:29
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