Anjo Salvador - 06  

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 Sessão 06

 

Regiões rurais de Larássis - Honorest - Ladrão 12 de 589E

 

Seguiam para os arredores de Larássis, seguindo pelas estradas no ermo. Larássis é uma pequena cidade mercante que liga Honorest com Himline ao Sul, Falonde ao leste e eventualmente rumo norte à Doleris ao norte.

 

A ideia era ver com informantes, bandidos e caçadores locais se alguém teria visto Ian e a raptada princesa. Imaginavam que como o cavaleiro está viajando com uma jovem possivelmente ferida e agressiva, em estradas molhadas e em apenas um único cavalo, e devido a isso estaria viajando mais lentamente. Essa ideia não era tão ruim, e era o melhor que o grupo possuía, e por isso rumavam pelas estradas rurais entre fazendas e bosques, em meio à chuva torrencial e a lama.

 

O feiticeiro Verner, porém, tinha outra ideia em mente. Tomando a atenção da Guarda do Dragão durante um rápido descanso, o homem acostava a jovem, praticamente infante, Katherine.

 

“Eu tenho uma sugestão. Não, não, nada demais, nada estranho. Não, não”, dizia, com seus estranhos tiques verbais.

 

Limpando sua barba da chuva torrencial, o comandante se aproxima, acompanhado do cavaleiro negro Alan que discretamente sempre vigia o feiticeiro.

 

“E o que seria, feiticeiro?”, responde Karissa, que estava prestar à montar no cavalo.

 

“Sua menina, sim sim, Katherine”, ele aponta para ela, e o lobo magro que o acompanha fareja a garota. “Ela possui uma conexão especial com a princesa.”

 

Perante à expressão impassiva dos cavaleiros do dragão, o homem repete, mas com um tom mais forte. “Uma conexão especial com a princesa.”

 

“Sem jogos de palavras, Verner. Fale de forma clara; aqueles de Doleris são menos hábeis com conversas do que acreditam”, provoca Cormac, plantando sua espada de duas mãos no chão.

 

O homem então explica que planejava utilizar essa conexão para alimentar um feitiço, ele rastrearia magicamente a princesa. Sua relação com a princesa é distante, e apesar da proximidade e devoção dos Guardas sua relação para com ela é profissional, para com a princesa e não para com Valerie. Katherine, por outro lado, tinha sentimentos reais por Valerie, acusava Verner, e esses sentimentos poderosos serviriam como um elo simpático.

 

“Amor, como todos sabem, é um sentimento poderoso”, ele dizia. “E gera alguns dos espíritos mais fortes que vagam o Escuro.”

 

No fim, porém, a ideia é rejeitada. O ritual não apenas envolveria sacrifício de animais e o envolvimento de espíritos possivelmente poderosos, mas exigiria que Katherine passasse pela experiência degradante de ser “purificada” de outras preocupações, desnuda e pintada em sangue e símbolos rituais. A capitã Karissa, porém, não admite tal, protegendo a modéstia e dignidade de sua cavaleira, mesmo enquanto a própria Katherine inocentemente aceitava. Qualquer coisa que fizessem, não seria às custas da honra de seus homens.

 

***

 

“Capitã...”, começa Dryfolk, enquanto seguem a viagem. “Eu concordo com tuas escolhas. A senhora sabe disso. Mas talvez percamos tempo deveras precioso...”

 

Lian sabe reconhecer que por baixo da expressão impassiva de Karissa, ela se questiona quando questionada por seus homens, e se pronuncia.

 

“Tenho confiança que a capitã fará o que for necessário, caso o seja necessário, Sir Dryfolk”, diz alto, se aproximando. “A linha da Honra e Desonra é borrada pelo Pragmatismo. Fazer o que é necessário, sim, mas não o confundir com o que é mais fácil.”

 

Dryfolk sabiamente entende onde o homem quer chegar, assentindo.

 

“Sábias palavras, Sir Lian. O Criador proverá.”

 

“O Criador proverá”, sussurra Karissa.

 

***

 

Encontram uma cidade pequena, sem muros, com um povo preocupado com os homens armados vagando por ela. É difícil para os homens e mulheres ali presentes conseguirem informação do povo. Aquele que possuía contatos entre ladrões de estrada e contrabandistas, Willem, havia perecido perante o disparo de pistola de Ian, situação que ainda incomodava o comandante Le’Berry. Os Guardas do Dragão, por sua vez, precisam evitar estar interessados demais em algo acontecendo na vila, por sugestão dos Lâminas, antes que os espertos membros do submundo decidam se aproveitar deles.

 

Logo fica claro, porém, que existe alguma organização criminosa na região, pois os tipos comuns, bêbados, trabalhadores braçais, pedintes, evitam falar sobre por medo de represálias. Faz-se necessária algum tempo para capturar que existe um bando liderado por um tal Ernest, que assombra a região.

 

Esse bando é composto por assaltantes de estrada, ladrões, desertores e veteranos, que se aproveitam do estado lastimável do interior após a Guerra dos 50 anos. Ao invés de apenas saquear e roubar caravanas e vilas locais, esses homens e mulheres, chamados pelos locais de Capas Marrons devido ao seu vestuário normalmente enlameado, misturam a bandidagem típica com serviços de proteção e contrabando. Mercantes e fazendeiros que aceitam a oferta pagam caro por seus serviços, para garantir uma viagem tranquila pela região. Aqueles que não o fazem encontram-se vítimas de problemas.

 

A maior parte do povo comum tem, compreensivelmente, medo de agir contra eles. É com conversas sinceras que a Guarda do Dragão descobre que vários daqueles que trabalham para Ernest são locais, sejam pessoas de vida fácil ou ex veteranos de guerra.

 

Como uma vila livre, Larássis não tem a presença forte de um Lorde, e mesmo que tivesse, nesses tempos difíceis de coroa praticamente falida, simplesmente não há recursos, ou interesse, de embrenhar-se em florestas e vilas enlameadas atrás de bandidos comuns, especialmente quando eles são inteligentes e pouco sanguinolentos. O povo comum, porém, vive miseravelmente entre os impostos normais, e o extra coletado por aqueles que trabalham com os Capas, mas evita falar.

 

“Soldados vem e vão, milorde. Hoje mercenários e cavaleiros cavalgam na cidade e eles se escondem como ratos. Amanhã os cavalos marcham e ficamos nós para trás... ratos são vingativos milorde...”, dizia um assustado fazendeiro questionado. “Nossa filha mais velha não voltou da guerra, e nós só temos Richard. O senhor entende, né? Tenho que zelar por Richard.”

 

“Eu lhe juro pela minha honra, pela minha devoção à Alene, bom vilão, que ninguém saberá teu nome”, dizia Lian para o casal de fazendeiros assustados. “Eu sei que estão tirando da boca do pequeno Richard. Mas pense também que uma pessoa que é preciosa à mim, uma pessoa também inocente, está em perigo, e o que o senhor sabe pode salvá-la.”

 

***

 

Um grupo forte composto por Alan, Verner e Cormac assaltam a residência do Burgomestre Aldhem. Acabaram por descobrir que o Burgomestre estava trabalhando junto com Ernest, coletando do povo comum um imposto extra que era repassado aos Capas como parte de seu acordo, e indicando para os bandidos quais eram aqueles que aceitavam proteção, e quais não. Esperando um homem corrupto, os três adentram por sua casa quando o homem atende a porta.

 

Verner e Cormac aterrorizam o homem, não tocando nele nem o machucando, mas o ameaçando de formas mais ou menos sutis. Alan, por sua vez, senta-se à mesa e tira seu elmo, para revelar um homem pálido, com olheiras, olhos estranhamente claros, e marcado pela guerra, que serve-se do jantar do homem.

 

Enquanto ameaçavam o corrupto oficial, Alan observa o interior da casa, notando que é simples e com poucos luxos. A dispensa nem luxuosa nem abarrotada de quem tem provisões sobrando. Ali o homem silenciosamente se questiona que talvez o burgomestre não seja o oficial corrupto que esperavam, e sim mais uma vítima em posição um pouco melhor.

 

O homem apenas racha quando sua pequena filha desce as escadas, perguntando por que Verner tem desenhos no pescoço. Preocupado com o destino de uma menina perante três homens perigosos, Aldhem a protege com o corpo, tentando calá-la quando o feiticeiro diz que ela “tem potencial”.

 

É apenas após a promessa de Alan que nem ele nem a filha serão tocados, que o homem explica que os homens que trabalham com Ernest são em sua maioria locais, alguns quantos com casas ou fazendas da família na região, e que eles ocupam algumas cabines de lenhadores abandonadas na floresta além da saída Oeste da cidade. Não apenas isso, mas ele também informa de uma pessoa ligada à Ernest, a senhora Madeleine, que tem uma destilaria simples e que costuma servir aos Capas.

 

***

 

“Vós gostais de música?”, diz displicentemente o assustador Cormac, sentando-se à mesa de dois viajantes simples, que evitavam olhar para os homens armados.

 

Na pequena sala comum ligada à destilaria de Madeleine, Cormac, Le’Berry e Lian questionam os locais, enquanto Alan fica pouco discretamente de guarda na porta.

 

“Eu certamente não gosto de problemas”, diz baixo um dos homens.

 

“Eu gosto, senhor”, responde o outro, desviando o olhar.

 

“E por acaso vós sabeis onde pode se encontrar boa música nessa vila?”, ele diz alto, a afiada espada de duas mãos posta sobre a mesa.

 

“...no... prostíbulo talvez?”, responde um dos homens.

 

“Por que o prostíbulo?”, indaga Lian.

 

“...ahn... por que putas gostam de m-”, o homem começa, mas logo se cala, tremendo de medo que Cormac poderia entender errado. Felizmente para eles, o Nevastriri solta uma larga gargalhada.

 

“E por acaso vocês sabem”, ele começa, e logo muda o tom, “...onde podemos encontrar quem tem feito o povo dessa vila de puta?”

 

Os homens se entreolham, suor escorrendo por suas testas, e um deles discreta, e até mesmo timidamente, faz um gesto com os olhos na direção de Madeleine, que servia uma cerveja para Le’Berry. Isso é o suficiente para que o velho general pegue a mulher pelos cabelos e bata seu rosto contra o balcão, lhe arrancando um grito de dor e desespero.

 

O comandante rapidamente silencia seu choro lhe tapando a boca.

 

“Eu e tu teremos uma boa conversa, minha senhora.”

 

***

 

É de noite quando o grupo liderado por Le’Berry segue pela trilha do bosque que leva às cabanas de lenhadores. À frente Cormac leve uma assustada senhora Madeleine, sua espada posicionada perigosamente próxima do pescoço da mulher. Quando a clareira com as sombras das cabanas é visível entre a escuridão da floresta, a luz de suas lanternas ilumina figuras que saem de trás das árvores, talvez uma dúzia de homens e mulheres.

 

Conforme bandidos vestidos em marrom, cinza e preto saem da floresta armados com bestas e punhais, e os heróis se preparam para um possível ataque, o líder o bando, portando duas espadas serrilhadas e vestindo um tapa-olho sobre um desfigurado olho esquerdo, rosna a seus companheiros: “É Ser Le’Berry! Setecentas moedas por isso? Ele vai se ver comigo! Matem todos rapazes!”.

 

Depois de um ataque surpresa mais ou menos bem-sucedido o ataque dos bandidos perde força e moral perante os golpes largos de Cormac, flechas nas pernas de Katherine, e os poderes do Selvagem, que com largo sorriso aproveita da chuva natural e clama por seu patrono o Senhor da Galhada lhe garantir uma parcela da ira da tempestade, o que ele faz, fulminando bandidos com relâmpagos e logo fazendo com que os outros gritem ordens de dar “sebos nas canelas”, deixando seu líder e alguns infelizes para trás, à mercê de um irado Le’Berry e seus inescrupulosos mercenários.

 

Após ser impedido por Karissa de empalar com a lança os feridos, o comandante se vira para o homem ferido, exigindo saber ao que se referia a história de setecentas moedas.

 

***

 

O líder dos bandidos, Ernest, se prova um homem perfeitamente disposto à colocar seus objetivos e moral de lado para garantir a sua sobrevivência e a de seus homens. Ele conta que fora contratado por um cavaleiro divino, para dar cabo dos Guardas do Dragão.

 

“Um arrogante em armadura dourada. Hah, dourad-”, ele para, notando as armaduras também douradas dos Guardas do Dragão. “Mas, quer dizer, dourado com tabarda púrpura. Não que nem os senhores e senhoras milordes e ladys, com seu vermelho elegante.”

 

Ele não sabe dizer mais sobre as intenções do homem, mas apenas podia supor que elas eram sinistras. Tampouco ele ou seus homens souberam de um cavaleiro cinza viajando com uma moça, o que para ele fazia todo sentido: Se o homem não quer ser visto, ele não tomou as estradas e teria sim passado pelas fazendas e ranchos. Ainda assim, o chefe dos bandidos reconforta o grupo, pois se esse cavaleiro passou por Larássis com pressa, ele de certo pegou suprimentos, descanso ou um cavalo com alguém, e isso seus homens poderiam descobrir.

 

“E quanto tempo isso levaria?”, indaga um apressado Lian.

 

“Então meu senhor. Eu não sei? Eu vou colocar todos meus homens nisso. Vamos dar uma dura nesses pés-sujos, eh? Eu te garanto que se alguém souber algo, ao por do sol no máximo os senhores saberão. Que tal, eh?”

 

“Isso é tempo demais. O faça mais rápido”, ele exige.

 

“Eh... eu adoraria. Milorde. Mas nós não somos mágicos.”

 

“Talvez pagamento adicional melhore tua disposição para com celeridade?”, indaga Lian cruzando os braços e assentando para Dryfolk.

 

“Não é de motivação que careço, milorde, mas de mãos hábeis”, responde Ernest. “Não tenciono lhe fazer uma promessa que não posso cumprir, pois também não tenciono encarar tua decepção quando não entregar resultado.”

 

“Nós ajudaremos”, envolve-se Karissa, silenciando os demais.

 

Cormac abre um sorriso maldoso, enquanto Le’Berry observa, sentado num tronco, mastigando um pedaço de carne seca encharcada de chuva. Ela se aproxima do homem, e diz firmemente.

 

“Nós forneceremos as mãos extras necessárias. Nos diga o que fazer, como proceder, e nós o faremos”, o olhar dela então corre para o comandante Le’Berry. “Qualquer coisa pela segurança da princesa.”

 

“Bom, isso certamente vai ajudar as coisas eh? Temos uma longa noite pela frente rapazes”, responde Ernest, fingindo ânimo.

 

“Mais uma coisa, todavia”, diz baixo Alan, por detrás de seu elmo. “O Burgomestre. Aldhem. E sua filha. Vós não tocareis neles. Vós não causareis mal à eles. Eles não sofrerão represálias vossas.”

 

“De jeito nenhum, milorde. Aldhem? Feliz em continuar fazendo negócios com ele. Negócios são negócios! Nada pessoal!”

 

“Bom que concordas. E melhor que mantenha tua concordância quando partirmos. Pois alguns de vós poderiam concordar perante mim, mas aguardar que partamos para mudar teu curso de ação”, ele adiciona, e logo o tom de sua voz muda, uma grave ameaça oculta. “Mas as trevas falam comigo. E se as trevas disserem que eles sofreram represália, que o homem “se envolveu em uma briga de bar”, ou que diabos a menina tenha tido algo tão pequeno quanto um tropeço estranho, vós todos sereis culpados. E eu hei de retornar atrás de vós, e eu ceifarei cada assaltante de estrada barato e enlameado que não conseguir saltar em um rio ou subir na árvore mais alta”, ele adiciona, causando olhares de horror por entre os homens. “E apenas então o tormento começará.”

 

Ernest fica em silêncio, engolindo em seco.

 

“Isso não ocorrerá, não?”

 

***

 

Conforme a noite passa, os grupos são separados e tanto mercenários quanto Guardas do Dragão acompanham os bandidos em sua investida cruel. Tomam de assalto casas de fazendeiros e rancheiros, os pressionando por respostas, sejam com conversa, ameaça ou agressão física.

 

Lian faz questão de acompanhar Verner, talvez para controlar os excessos do feiticeiro, mas acabando por revelar-se curioso sobre os métodos e crença do Selvagem. Cormac por sua vez desconta povo comum parte de sua frustração por ser censurado por Le’Berry; de acordo com o comandante cada um de seus tenentes vale mais que vinte dos inimigos sejam eles quem forem, e o descuido de Cormac nos confrontos não agrada o velho general.

 

Katherine e Karissa, porém, tem conversas de coração com o povo que visitam, confiando que a égide de sua presença é o suficiente para convencer qualquer local à falar caso saibam de algo.

 

“Capitã, eu...”, começa a jovem Katherine, quando as duas deixam a pequena casa simples de uma família de fazendeiros.

 

“Falhou tanto quanto cada um de nós”, responde seca a capitã, olhando longe.

 

“...eu... era meu dever capitã. Tu me incumbiu de ser o ultimo bastião salvaguardando a princesa Valerie. E eu fui neutralizada... eu não... eu não estava preparada.”

 

“Tu fez o que pode, Lady Katherine.”

 

“E nós estamos fazendo o que podemos?”, ela indaga. “Esse povo comum. O quanto sofrem. Tudo isso é novo para mim, capitã. Fazemos o que precisamos mas... a que custo?”

 

“Lady Katherine. Kat”, ela inicia, colocando uma mão sobre o ombro da jovem. “Todos nós falhamos lá. O algoz pegou a todos de surpresa. Mas nós o encontraremos, a princesa também. Custe o que custar. A linha entre Honra e Desonra é borrada pelo Pragmatismo. Fazer o que é necessário torna-se desculpa para fazer o que é mais fácil. E se tivermos que manchar nossas mãos hoje... que assim seja, pois amanhã pediremos perdão, e tomaremos qualquer Demanda por expiação que o Criador exigir de nós. Mas até lá tua atenção precisa estar conosco. No agora. Não nas falhas do passado. Valerie depende de nós.”

 

“Eu...”, ela meneia a cabeça, segurando o machucado na nuca. “...obrigado capitã.”

 

***

 

O reencontro acontece algumas horas depois, madrugada à dentro, no ponto de encontro marcado para tal, exatamente o celeiro descrito do encontro com o cavaleiro divino. Lá eles recebem a informação de que um cavaleiro em armadura cinza levando alguém na garupa passou pelas áreas rurais dessas terras, e parecia tomar a estrada Norte subindo para as terras altas, estrada que leva em direção ao Passo do Chifre Vermelho. Esse cavaleiro parou em um rancho, e trocou seu cavalo bem tratado bem como algumas moedas por um cavalo de menor qualidade, mas fresco.

 

As notícias são preocupantes. Todos sabem que o Passo do Chifre Vermelho é um vale protegido pela fortaleza de Bel’Toras, que serve como portão de entrada para Falonde. Se o sequestrador alcançar a fortaleza será impossível de persegui-lo, e o destino da princesa será incerto. E é exatamente por isso que a capitã Karissa os ordena a lançar perseguição imediatamente. Rumarão ao mesmo destino a meio-galope, diminuindo o ritmo apenas para não exaurir os cavalos, mas sem parar para descansar ou passar a noite. Uma vez que Ian está levando um passageiro ela espera alcançá-los antes que consiga chegar em Bel’Toras.

 

Orando para o Criador, eles partem noite adentro.

 

Lady Karissa

 

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