Changeling os Perdidos - Interpretação Curitiba  

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Changeling: Os Perdidos


O Território Duplo de Curitiba


Curitiba é uma capital, cidade grande, bonita e moderna, repleta de história e cultura, reconhecida como “capital ecológica” repleta de verde, com um sistema de transporte público exemplar, e dona de excelente IDH. Em resumo, uma das melhores cidades para se viver no Brasil.

Ou ao menos isso é o que muitos “curitibanos da gema” gostam de dizer. Por trás disso Curitiba tem problemas como qualquer outra grande cidade: Subúrbios inchados e abandonados tanto pela política quanto imaginário popular, com violência de gangue, má distribuição de renda, rotina opressiva e sonhos quebrados. Se por um lado a tradicional Curitiba é enamorada por sua cultura e descendência européia, a Curitiba suburbana vai vivendo do jeito que pode em uma cidade grande um pouco menos pior que outras opções próximas.

E esse é o tema do Território Duplo de Curitiba, dividido entre o Reino dos Pinheirais, a grande e tradicional propriedade livre original, que nasceu junto com a cidade e bebeu de sua história, estabelecida firmemente na região central e histórica da cidade; e a Cooperativa do Sal, a mais nova e menor propriedade livre da região Sul, estabelecida através de revolução seguindo o crescimento populacional e êxodo causado pela gentrificação central, focada no dia a dia e com um tema forte pé-no-chão e ligado a história mítica do imigrante e trabalhador.



História

 
História Antiga

O território de Curitiba surgiu por perto de 1850, nos loucos anos em que a vila de Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba cresceu exponencialmente devido ao comércio, vindo a se tornar capital da nova província do Paraná. O mate especialmente semeou o que se tornaria uma das atitudes principais do território: A aparência europeia.

Livros e sites de história falarão sobre a pouca aceitação do mate paranaense na Europa devido à aparência simplória dos sacos em que era vendido, e como isso gerou todo um novo mercado para artesãos e artistas, com elegantes caixas e caixotes de madeira adornados com complexas impressões litográficas em uma aparência tradicionalmente européia. Esse período também viu o desenvolvimento agrícola no estado, mas especialmente a forte imigração européia de colonos na região de Curitiba, solidicando população não apenas alemãs, mas também italianas, polonesas e ucranianas. Com todos esses elementos a população da vida cresceu de 200 para 5000 em menos de vinte anos, e com ela surgiu a população Changeling.

Os primeiros Changelings de Curitiba eram imigrantes europeus eles próprios, figuras solitárias ou Trupes únicas. Apesar de capital a cidade era pequena e não possuía nenhum portal natural para a Vizinhança. A criação da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá em 1885 permitiu que a população da cidade duplicasse para perto de 50.000 em menos de 15 anos. Mais importante para as poucas Trupes de imigrantes, em 29 de Março de 1904 um portal da Vizinhança para o mundo físico se abriu na Estação de Trem.

“O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora”. É uma das leis do hermetismo, a lei da correspondência, que basicamente diz que o que é verdadeiro para um é verdadeiro para o outro. A estação trouxe novos imigrantes de todos os ramos de vida para Curitiba, desesperados para criar uma vida em novas terras, e o Portal da Estação não foi diferente, brilhando como um farol para changelings desesperadamente buscando retornar ao mundo mortal e começar uma nova vida. E não apenas changelings, mas o portal também trouxe magia e fadas (e estranheza) para a cidade, e o primeiro portal do Paraná serviu como ponto de encontro para Perdidos e Trupes independentes nas regiões em volta.

Entre os changelings imigrantes, os independentes, os recém-chegados de lugares e anos diversos vindos pelo portal, havia contingente suficiente para proteger o território e criar uma Propriedade Livre correta, com cortes e tradições. As tradições européias foram seguidas, e logo surgia o Reino dos Pinheirais, governado sazonalmente pelos quatro reis das estações.

Os anos seguintes viram Curitiba crescer cada vez mais, e regiões que viriam a ser conhecidas como bairros importantes serem comprados e erguidos do chão, conforme os mortais exploravam as novas possibilidades e faziam acordos de negócio. Durante todo esse período as quatro cortes estiveram envolvidas com os mortais, absorvendo seu glamour, explorando as possibilidades mágicas crescentes, e fazendo Juramentos com mortais e os eventuais “nativos” (moradores e colonos da região desaparecidos e então retornados), crescendo junto com a cidade.


História das Cortes

O equilíbrio atual das cortes só viria a se aproximar do que é hoje após a segunda guerra mundial. Foi a corte do Outono que teve um aumento significativo de poder, rivalizando mesmo o Inverno. O clima emotivo Curitibano não era de um povo guerreiro se preparando para proteger seu povo, e sim de Medo. Nesse período de urbanização e industrialização que a corte do Outono infiltrou-se em negócios mortais e criou as fundações para o grande poder que é hoje.

Enquanto a corte do Verão teve poder crescente com o clima de guerra, especialmente com os Mil e Quinhentos Paraenses (tecnicamente 1542 soldados paraenses enviados para a FEB), o fim da guerra viu o poder da corte do Verão diminuir cada vez mais, até virar completamente do avesso durante a ditadura militar. Raiva, ira, sentimentos fortes e ativos não são fáceis de tirar de curitibanos, e a corte que até então tinha um forte clima militar, como guerreiros tradicionais, gradualmente voltou seu foco para a Esquerda; não a esquerda política, mas a esquerda contra qualquer coisa. A ira de revoltosos, militantes e descontentes acabou se tornando a Ira do verão curitibano.

A Primavera, antes quase inexistente, veio a ganhar força apenas com a urbanização da cidade por volta dos anos 70. Esse movimento demoraria ainda anos, mas transformaria o imaginário da cidade de uma colônia para um centro cultural, repleto de parques, monumentos, e, especialmente, a sempre presente descendência cultural européia. Esses elementos foram unidos à tradicional “vida boêmia Curitibana” (que, sinceramente, não é grande coisa) para aumentar seu poder, mas ainda assim a corte nunca se aproximou do Inverno ou Outono.

O Inverno, porém, quase sempre reinou absoluto. Não apenas o clima curitibano o favorece, como também seu imaginário coletivo de gélida cidade européia lhe garante poder místico. Devido a isso a corte do inverno sempre foi mais ligada ao lado mágico da cidade, desligado de climas e movimentos sociais. Enquanto sem sombra de dúvidas a industrial corte do Outono era mais forte até os 90, se não mais nada por causa da industrialização e do medo da Ditadura, os 90 e 2000 viram dois fenômenos aumentarem ainda mais o poder do Inverno:

Primeiro, foi a evolução do imaginário coletivo. Nesse período o curitibano fixou sua imagem de aculturado, europeu e melhor desenvolvido que o resto do país, mas também solidificou a atitude blasé e fria do seu povo. Por mais que curitibanos individuais sejam alegres ou divertidos, a imagem do inconsciente coletivo é uma pessoa fria, distante e arrogante, ou como alguns gostam de colocar, “um povo europeu”. Esse desdém e apatia combinam perfeitamente com a emoção do Inverno, e muitos acreditam que, ao melhor estilo dos membros corte, essa atitude tenha sido cuidadosamente cultivada das sombras.

O segundo evento é um que mesmo o Rei do Inverno admitiu que não fora planejado. Conforme a população cresceu e a cidade tornou-se mais moderna, o fenômeno de milhares de trabalhadores deslocarem-se para o centro diariamente apenas aumentou. O clima da vida do trabalhador moderno, passando de oito a doze horas trabalhando, bem como de duas a quatro horas nos ônibus, todo dia, em um Centro cheio, feio, cinza, dia após dia todos os dias para ganhar pouco, alimenta a corte com seu clima de opressão, desespero e silenciosa resignação. O glamour da Tristeza é forte no trabalhador do centro, o que ao longo dos anos contribuiu ainda mais para o clima soturno da cidade.


História Contemporânea

As quatro cortes sazonais do Reino das Araucárias surgiram no centro tradicional de Curitiba, o que originalmente era a única Curitiba que existia. Conforme a cidade cresceu elas mantiveram o mesmo território, na excelente posição para aproveitar-se da gentrificação da cidade. Aos anos 90 seus territórios eram bairros centrais, elegantes e de renda elevada, com o único Portal da cidade.

O reino sempre teve sua população pequena de descontentes, mas os Sem Corte eram em geral ignorados. Sejam trupes locais que decidiram viver em bairros suburbanos afastados do centro cultural e mágico da cidade, sejam migrantes de outras regiões buscando criar seu território, esses poucos eram tolerados como cidadãos de segunda classe irrelevantes. O reino tornou-se tão complacente e focado nas regiões centrais que regiões suburbanas inteiras eram intocadas por sua influência. Mesmo a corte do Verão, com seu foco em rebelião e esquerda, não alcançava as regiões Norte, Leste ou especialmente Sul da cidade.

O crescimento demográfico da cidade fez com que regiões que antes eram pouco mais que vilas separadas por grandes quantidades de nada se tornassem pequenos centros urbanos de outras vilas menores. Logo a população humana era densa o suficiente para permitir comunidades de changelings se escondendo nelas, e os grupos independentes surgiram.

As cortes sazonais notaram o potencial desses novos territórios, mas mesmo em seu poderio elas não eram realisticamente capazes de expandir sua influência tão longe. O que fizeram porém foi exigir ainda mais dos Independentes; mesmo aqueles que não se unissem à uma corte deveriam jurar ao Reino. Aos Independentes foi permitido utilizar esses recursos mortais e fontes de glamour desde que as trupes individuais jurassem ao Reino e pagassem imposto em recurso e Glamour pelo direito de “colonizar” essas terras distantes.

Essa opressão das cortes gerou um rápido porém tenso período onde as cortes utilizam seu poder místico para forçá-los através de Juramentos a manter-se em linha. As tensões crescentes não eram diminuídas pela corte do Verão, onde muitos tomaram o lado dos Independentes, problematizando o que chamavam de servidão forçada, e durante encontros do Reino boicotando votações sobre medidas a serem tomadas. Durante esse período o então Rei do Verão inclusive permitiu que muitos independentes se juntassem à corte temporariamente a fim de possuir mais poder de voto.

As tensões rapidamente escalaram para conflito, com as cortes, especialmente o Outono, tomando ação contra certas trupes que eram feitas de exemplo. Changelings foram detidos, presos ou forçados à juramentos, e outros sofreram “incidentes infelizes” ou envolvimento com autoridades. Os Independentes, por sua vez, partiram para o conflito aberto e violência tomou as ruas no final de 2005, com membros das cortes do Outono e Inverno sofrendo atentados aleatoriamente nas ruas e em suas casas. Todo o processo chegou ao ponto mais alto no verão de 2006, quando muitos independentes, que a esse momento misturavam-se com a corte do Verão, utilizou do poder do verão mais quente em muitos anos para finalizar um plano de anos: Criar uma nova Propriedade Livre.

Essa Propriedade Livre, a Cooperativa do Sal, usava como baluarte histórico as dificuldades do colono e do trabalhador, que historicamente eram oprimidos pelas classes elevadas e que precisavam se unir para ter algum poder, história que se remetia até os colonizadores originais, e que o Reino das Araucárias pareciam ter esquecido. Os rebeldes convocaram o poder ancestral de dois patronos que governam a vida do fazendeiro, o Amanhecer e o Anoitecer, e com ajuda dos místicos do verão, incluindo o então Rei do Verão, juraram lealdade ao novo patrono e quebraram com seus juramentos antigos.

A Wyrd é conhecida por não gostar de perjuros, e mais ainda que tentem usar suas forças contra ela, e muitos membros da corte do Verão foram severamente castigados. Muitos dos rebeldes entre o verão consideraram suas maldições como provas de sua lealdade à causa original, e as levaram para a nova Propriedade, mas quanto mais poderoso o Manto do traidor, piores as sanções, sendo o próprio Rei do Verão, bem como seus ritualistas, completamente desapareceram do mapa em uma explosão de fogo e calor, puxados para Faerie.

Munidos de grupos Independentes diversos, uma grande parcela de ex-membros da corte do Verão, bem como proteção mística, os rebeldes agora tinham poder para guerrear com o Reino das Araucárias se fosse necessário. Conforme o Verão acabava, parecia cada vez mais que a poderosa corte do Outono aguardava o início de sua estação para, repleta de poder místico, atacar os rebeldes.

O Inverno porém agiu para solucionar a situação de forma tipicamente curitibana, com apatia e panos quentes; no último dia do verão uma negociação de paz fora proposta. O Rei do Inverno propôs que as duas propriedades livres vivessem em harmonia de dois lados diferentes da cidade. Os reis do Outono, Inverno e Primavera apresentaram uma frente unida para os rebeldes, oferecendo a eles termos desiguais, mas que evitariam a guerra.

Como a cidade mortal já era cortada em duas pela BR 116 e 376, essa localização geográfica serviria como divisão da cidade feérica; o Reino das Araucárias continuaria com seu território ao norte da rodovia, e a nova Cooperativa do Sal ficaria com os territórios ao Sul. A Cooperativa do Sal não teria acesso à Curitiba histórica sem pagar tributo, não poderia recrutar entre os recém-chegados pelo Portal Estação e deveria retirar suas Trupes de qualquer região acima da rodovia, mas evitaria assim uma guerra contra a propriedade livre maior, e, especialmente, evitaria a ira do Outono que recairia sobre eles a partir do dia seguinte.

Prisioneiros de guerra tiveram de ser trocados, crimes de guerra punidos e Juramentos realizados, mas um acordo fora realizado mesmo sob protestos de ex-verões e outros membros mais militantes. Os rebeldes realocaram-se para sul da fronteira e foram deixados para seus próprios afazeres, mas a cidade ficou em clima de guerra fria, com pequenos ataques indiretos de ambos os lados. A Cooperativa do Sal escondeu as armas, e muitos imaginavam que estavam a preparar algo grande A inaguração e construção da Linha Verde em 2009, servindo como fronteira oficial entre os dois reinos, foi utilizada para mostrar para os rebeldes o poder político e influência que o Reino das Araucárias tem sobre a cidade.

Demorariam ainda mais três anos de preparação e espionagem mal-sucedidada por parte das cortes Sazonais, mas eventualmente o grande plano da Cooperativa seria revelado em 2012, quando aproveitando do imaginário popular e do aniversário de 30 anos do Zoológico a propriedade livre conseguiu abrir seu próprio Portal, na entrada do Zoológico. Como todo Portal recém aberto, a abertura dessa entrada para a Vizinhança trouxe todo tipo de magia e fada para a região, incluindo levas de changelings antes perdidos no espaço e tempo, bem como maior poder místico para a Propriedade Livre, que finalmente veio a demonstrar os níveis máximos de Manto.

No Reino, as opiniões se dividem quanto à natureza dessa ação, e como tudo na sociedade changeling muito é especulado e pouco entrado em acordo. As opiniões e teorias variam desde que é algo natural devido ao poder inato na natureza do zoológico, um ato impensado que coloca Curitiba em risco, um ato de preparação para guerra, que o Rei Traidor usou seu poder para abrir o portal em preparação para reinar sobre a Cooperativa e tomar Curitiba, que isso é um sinal do valor justo da Cooperativa, e outras diversas opiniões. O que importa é que o poder e números da Cooperativa aumenta, e ambas as Propriedades ficam de olho na Linha Verde esperando um movimento do inimigo.



O Reino das Araucárias


O Reino das Araucárias é a propriedade livre tradicional curitibana, que importa-se com a tradição cultural e social da “verdadeira” Curitiba. É uma propriedade de cortes sazonais, que passam o manto no primeiro dia oficial da estação. Durante seu governo, o Rei da estação passa novas regras e leis, e se apropriado derruba anteriores, o que não causa pouco transtorno político entre cortes inimigas e aliadas; quando fora de sua estação esses Reis ainda são os líderes de seus facções, apesar de que em cada corte isso tem um peso diferente. As cortes são livres para determinar quem são seus reis de acordo com suas próprias tradições, sem influência de regras gerais ou de outras cortes.

Títulos
O reino possui quatro títulos oficiais que são mantidos pelo ano inteiro. Com exceção de Conselheiro, cada rei pode nomear quem desejar para ocupar essas posições. Além desses títulos o rei de cada estação pode criar ou nomear outros títulos de importância, mas nada impede que o próximo rei abandone completamente a posição caso o queira.

Conselheiro: O rei da estação é apoiado por quatro Conselheiros, um de cada corte, que também são apontados pela própria corte da forma que preferirem. Diferente do Rei, porém, existe uma restrição quanto aos Conselheiros: Conselheiros servem por um período de um ano, do início da Primavera até o fim do Inverno, e não podem servir em dois anos seguidos.
Comissário: Seguindo a tradição européia de nomenclatura, o comissário (ou delegado) é o responsável por manter a paz e a ordem no reino. Parte administrador, parte juiz, parte guerreiro, ele tem direito a convocar milícias, ordenar prisão e levar prisioneiros perante o rei para receberem julgamento, bem como o dever de juntar recursos para resolver problemas mundanos. Casos de favoritismo são comuns entre os títulos oficiais, mas Comissário é o título que a maioria dos reis leva a sério.
Emissário: O emissário é a face do Reino, responsável por resolver disputas, negociar paz entre diferentes partes e semelhantes. Na prática apenas nos últimos anos que se tornou uma figura respeitada, visto que mantém as (sempre tensas) relações com a Cooperativa do Sal.
Escriba: O título de escriba não condiz com sua função, que é mais para mestre dos arquivos e caminhos do que para alguém que escreve livros. O escriba é responsável por manter o Reino informado das presenças da Vizinhança, bem como informações básicas das estradas e portais transacionais da cidade.

Território
O Reino engloba tecnicamente toda Curitiba a Norte da Linha Verde. Na prática, as quatro cortes focam-se num cinturão central e tradicional de Curitiba em volta do Centro, com os bairros periféricos praticamente abandonados. Enquanto qualquer changeling pode viver em qualquer vizinhança e bairro dentro do reino, na prática as cortes a muito tempo estabeleceram “bases de poder” em determinadas regiões, e changelings de fora dessa corte e sem contatos nela provavelmente encontrarão dificuldades, ou ao menos desconfiança, de estabelecerem seus territórios muito próximo do território das cortes estabelecidas. Essas dificuldades estão mais parecidas com hegemonias raciais do que proibições; ninguém lhe proíbe de viver na comunidade alemã se você não é descendente, mas também não espere nenhuma amizade ou interesse em sua origem diferente.

O “Centro” propriamente dito é considero Zona Franca para todos os changelings, membros da corte, visitantes ou independentes. Claro que esse “Centro” é muito específico em seus limites; sua fronteira Leste é a Rua Ubaldinho de Amaral, Sul a Av Silva Jardim; Oeste Visconde de Nacar / 24 de Maio; e Norte a Rua Presidente Carlos Cavalcanti.

Nessa região central encontra-se tanto o Portal da Estação, por onde eventualmente changelings retornam ao mundo, razão pelo qual o Emissário tende a tornar seu escritório (ou ao menos manter um miliciano por perto); o Castelo Hauer, próximo da catedral, cuja reflexão na Vizinhança é o arquivo do reino protegido pelo Escriba; bem como o imponente Palácio Hauer, na Praça José Borges de Macedo, o centro de governo do Reino, onde o Conselho encontra-se com o rei e onde a reflexão da Vizinhança pode receber e hospedar dezenas de Changelings durante as maiores festividades.

Por fim, a Zona Franca também possui a entrada para o Mercado Goblin local, localizado nas ruínas do São Francisco. O mercado tem um tema, e uma lista de vendedores e produtos, diferente todos os dias. Terça é dia de componentes diversos, quarta de frutas goblin, quinta armamentos de todo tipo, sexta segredos e mistérios, sábado magia e contratos, e domingo artefatos miscelânicos. Segunda, é claro, não abre.


A Corte da Primavera
Perícias: Expressão, Ofícios, Socialização.


Os changelings da corte da primavera procuram esquecer os tormentos que passaram nos reinos de Faerie ao enfiar-se na vida humana e nos prazeres que ela trás. Das quatro cortes podem ser considerados os mais otimista, apesar de serem bem mais profundos do que deixam transparecer: Para muitos seguir esse caminho é um esforço consciente de não se deixar levar pelo desespero e sim viver a vida.

Os membros da corte procuram não apenas esquecer seu passado, mas também trazer graça e beleza a tudo que fazem. Para se tornar um verdadeiro membro da corte o changeling deve literalmente viver uma vida bela, e aqueles que não o fazem dificilmente sobem na hierarquia. Membros da corte também devem não apenas atender seus desejos, como ajudar outros membros da corte a alcançarem os seus.

A corte da primavera é a segunda mais fraca de Curitiba. Enquanto antigamente suas principais ligações místicas eram a florida primavera curitibana, trazendo imagens de ipês, a rua das flores e o jardim botânico, a “Boemia Curitibana” e o centro gastronômico de Santa Felicidade sempre tiveram um certo espaço no imaginário da cidade especialmente em dias mais modernos. Apesar de que muitos de fora diriam que a night curitibana é pequena e sem graça, em comparação com a antiga boemia, a corte da primavera praticamente transborda em glamour.

Território
A corte da primavera faz seu território em locais chic de Curitiba. O território da corte inclui principalmente o Batel, Bigorrilho, Mercês, Cascatinha, Campina do Siqueira e, claro, Santa Felicidade. A corte tem dedos ou contatos envolvidos com diversas organizações de entretenimento e hospitalaria, incluindo casas noturnas, teatros, centros de estética e restaurantes diversos espalhados pela região.

A sede oficial da corte é o Palácio do Batel (não confundir com o Castelo Batel) que a corte aluga e ocupa de ambos os lados do espelho, onde o Rei da Primavera bem como os favoritos da corte podem fazer sua residência. Devido à sua natureza descentralizada a corte não possui nenhum outro Domínio comunitário, mas os domínios de seus membros são geralmente abertos à corte, ou a regra de hospitalidade é estendida nos estabelecimentos de membros ou contatos.

Títulos
Guardião Verdejante: O título oficial dado ao Rei ou Rainha da primavera. O título é mantido por 4 anos, quando então candidatos podem desafiar o atual monarca. Durante um mês os candidatos (inclusive o atual monarca) devem provar seu valor à corte através de duelos, sejam artísticos, verbais, gastronômicos ou sociais, provas de valor de suas habilidades artísticas, bem como palavra de boca a boca e pura e simples campanha. O processo todo termina com aclamação popular do novo monarca, um processo caótico e desorganizado que funciona exatamente como a corte da primavera gosta. O atual Guardião Verdejante é Sidney Favos de Mel, um elfo com uma cascata de cabelo ruivo como por do sol e olhos de estrelas brilhantes, ao final de seu segundo reinado (não consecutivo) e interessado em competir novamente.
Conselheiro: O conselheiro da corte da Primavera é tradicionalmente escolhido pelo Guardião Verdejante com (espera-se) indicação de membros respeitados da corte. Originalmente o posto também era escolhido por clamor popular, porém ficou claro que as habilidades necessárias para um conselheiro não necessariamente são as que chamam a atenção do povo. A atual conselheira é Nicole “Água Verde” Mendes, uma figura semi-líquida de tonalidade, você acertou, esverdeada.
Avant Garde: O Avant Garde é um título especial garantido a changelings no início do reinado da primavera. O Avant Garde é dado ao changeling de maior presença e inovação cultural recente, seja um artista plástico, músico, escritor, chef, mecânico ou qualquer outra habilidade. O que importa é que seu trabalho arranque suspiros e seja considerado moderno, fantástico, inovador. É considerada uma grande gafe se chamar de ou reconhecer o título Avant Garde, e o correto é agir de forma modesta. Os Avant Garde possuem direito exclusivo para colher glamour no Museu Oscar Niemeier (além do monarca atual, claro) até o começo da próxima primavera, tradição que é mantida em boa fé pelas outras cortes. Atualmente Luana Nakata, “chef sushigirl”, e Bruno “Thunderbolt” Brandão, do Gárgulas Motoclube, são os Avant Garde da cidade.
Bardo Real: O Bardo Real é um tipo de mestre de cerimônias e grande conhecedor da corte e de festas, que torna-se título oficial durante o reinado da primavera. Apesar do nome, o Bardo é um administrador, e não artista, responsável por imaginar e organizar as mais diversas festas da corte, bem como auxiliar outros changelings em darem festas fantásticas.
Succubus: Essa ordem de elite da corte da primavera são especializados em “facilitar” tanto o processo de aceitação de algum desejo quanto também o de obtenção de desejos. Versados nas mais diversas artes de conversação, bem como tendo contatos na cidade inteira, seus serviços são muito mais do que tentação e sexuais, incluindo coisas como “pimp your car” e “dias de princesa”.

Datas
Como era de esperar, a corte da primavera celebra diversas datas menores ao longo do ano, geralmente disfarçando suas festas dentro de festas e shows temáticos mortais. Como a corte é descentralizada apenas as melhores harpias sabem que festa é quando e sobre o que. Apesar disso, duas datas são particularmente importantes. Uma delas é O festival de Retorno ao Lar, comemorado na data de retorno do atual Guardião Verdejante, é especialmente querido pelos súditos do reino, pois nessa festa os Succubus lideram a corte em se propor a realizar pelo menos um desejo (de uma lista razoável, claro) de cada convidado, seja changeling, fada ou mortal.

A segunda é uma versão feérica do Dia das Crianças, onde um grande baile de máscaras (pra variar) é dado no imponente Palácio Hauer da vizinhança (pra variar) e todos são convidados a se soltar e ser inocentes como uma criança (o que, para variar de verdade, muitos atendem).


A Corte do Verão
Perícias: Atletismo, Intimidar, Política.



Membros da corte do verão são conhecidos por buscar força e poder, prontos para proteger os seus de qualquer inimigo. Não apenas guerreiros físicos, changelings do verão são tão capazes de serem políticos quanto soldados, desde que tenham um inimigo para enfrentar. Membros dessa corte estão sempre dispostos a lutar. A muitas décadas que o foco da corte em Curitiba mudou de combate e proteção física para perseguir um objetivo mais social. Seus membros são guerreiros sociais e militantes diversos. Não importa qual seja a causa, se ela acender corações, é possível encontrar cortesãos do verão a instigando.

A corte do Verão é tradicionalmente a mais fraca das cortes do Reino das Araucárias. Não apenas Curitiba fica localizada em uma região temperada, como também o imaginário coletivo da população não respeita o verão. Muitos Curitibanos desvalorizam o "verão frio" de Curitiba, por mais que na prática, como uma região temperada, os verões curitibanos sejam perfeitamente notáveis. O imaginário curitibano também associa verão com praia, e com o litoral tão próximo muitos assumem que verão em Curitiba é sinônimo de qualquer lugar, menos Curitiba. Desde o Verão Traidor de 2006, onde muitos cortesãos, incluindo o Rei do Verão, desertaram a corte em favor da nova Propriedade Livre, nenhum membro da corte manifestou o Manto mais poderoso possível.

Território
A corte do verão tem o menor e menos “valioso” território das quatro cortes. Sua área de influência engloba parte do que é conhecida como Regional Portão, incluindo os bairros de Água Verde, Fazendinha, Guaíra, Parolin, Portão, Santa Quitéria e Seminário, mas praticamente sem influência suficiente para alcançar o CIC.

A sede oficial da corte é um casarão próximo ao Shopping Água Verde, onde o governante preside sessões e membros podem conseguir pouso se precisa. Apesar disso a principal área de encontro é um Domínio localizado na Vizinhança da praça Afonso Botelho, de frente para o estádio Joaquim Américo. Os encontros e votações de assuntos polêmicos são feitos lá, e a paixão irada do estádio é uma constante fonte de glamour para a corte.

Títulos
Dirigente: Ou ainda “Dirigente Sindical” é o título oficial do Rei do Verão. Desde a traição do Rei Afonso em 2006, nenhum membro da corte exibiu o poder total do Manto do verão. Os membros leais ao Reino e que permaneceram com a corte mudaram o título, e agora escolhem anualmente um Dirigente através de votação popular em dezembro, um processo que é tanto uma homenagem quanto uma paródia do sistema eleitoral brasileiro. O atual Dirigente é Carlos “Rocha” Correia, um gigante de um homem de pele rochosa.
Conselheiro: Assim como no caso do governante, o conselheiro do Verão é escolhido anualmente, na mesma data que o Dirigente. Enquanto as votações são separadas, nos últimos anos cada vez mais chapas estão surgindo, com candidatos a dirigente e conselheiro apoiando um ao outro. O atual conselheiro é Vinny, uma criatura ferina bípede de pele azulada, grandes garras e com tentáculos nas costas.
Miliciano: Título dado aos guerreiros da corte. Antes do Verão Traídor o título dado aos cavaleiros da corte era “Revolucionário”, mas foi mudado após esses eventos para denotar lealdade ao Reino, mesmo que vindo do “povo comum” do verão.
Militante: O título de todos os membros da corte que não possuem outro título. O principal “dever” de todos membro é lutar. Por algo, por alguém, por alguma coisa.

Datas
A corte do verão também sofre pois duas de suas datas mais importantes, o Natal e o Carnaval, tem suas emoções roubadas por outras cortes. O Natal, apesar de localizado próximo do solstício de verão, é tradicionalmente relacionado à frio e neve; Curitiba com sua tradição "europeia" e de "cidade fria" não é diferente.

O Carnaval, por outro lado, é um festival onde tradicionalmente as pessoas se entregam à suas vontades e onde a paixão governa, trazendo poder à corte da Primavera. Nesse caso em particular a corte do Verão conseguiu encontrar uma arma, instigando no insular curitibano um particular desgosto pela tradição "carioca e nordestina", bem como a ideia de que estados do norte festejam enquanto o sul trabalha e a zombie walk, feita especificamente para bater de frente com a tradição da folia.


A Corte do Outono
Perícias: Ciência, Erudição, Ocultismo.


Os changelings da corte do outono utilizam os dons que conseguiram em Faerie para atterorizar inimigos e inspirar possíveis aliados. Em Curitiba são a corte mais próxima da vida diária mortal, infiltrada em diversas famílias importantes e grandes negócios, sendo geralmente comparada a uma máfia moderna. O medo e receio arrogante do curitibano em ser absorvido por imigrantes e perder sua cultura ancestral também trás grande poder místico à corte, que se prende fortemente às tradições.

Changelings do outono tendem a ser muito mais estudados do que a maioria, especialmente no que diz respeito as regras e sutilezas da vida mágica e mortal. Eles tendem a preferir esperteza em favor de grandes demonstrações de força, preferindo golpes precisos através de asseclas do que confronto aberto.

A forma mais comum de unir-se à corte é oferecendo um serviço, contato ou conhecimento que a corte não possua ou que lhe seja útil, seja um conhecido, uma herança, acesso à mercadorias, ou um contrato excuso. Há ainda aqueles que entram na corte através de enganação, o que é muito valorizado pois demonstra esperteza e criatividade. E finalmente existem aqueles que entram para servir a um mentor na grande Família que é a corte do outono.

Território
A corte do Outono é a corte com maior presença no mundo mortal. Seu território engloba centros financeiros e eruditos, incluindo Bacacheri, Juvevê, Hugo Lange, Jardim Social, Ahu, Bom Retiro e Cabral, com algumas poucas partes do Centro Cívico, São Lourenço, Boa Vista e Bacacheri. Além de dedos nos clubes, famílias e negócios da região, através de seus contatos a corte possui influencia em negócios e pernas de negócios pelo território de outras cortes também.

Sua sede é o hotel San Juan Royal, próximo à prefeitura, que é tecnicamente na fronteira dos territórios. Enquanto o hotel é um negócio verídico, a corte do outono é a real proprietária e administradora da filial curitibana. Muitos de seus negócios e reuniões de corte são realizadas no hotel, que possui presença selada na Vizinhança.

Títulos
Rei: A corte do outono mantém seu título original desde sua fundação, ignorando as simplórias mudanças sociais em favor da elegância clássica da tradição. O Rei age como o CEO de uma grande corporação, aplicando os recursos da corte em favor de alcançar sempre mais conhecimento, mais dinheiro, mais poder. A governância funciona em planos de negócios de 5 anos, de forma similar à licitações. Interessados capazes de atender os requisitos do plano de negócios então participam de um leilão pela coroa, onde são oferecidos recursos pessoais à corte, recursos que são então utilizados para sustentar a infraestrutura da corte que não seja propriedade de nenhum membro em particular, como casas seguras, propinas, profissionais liberais, etc. O atual Rei do Outono é o poderoso Edgar Vidal, uma figura ciclópica saída de um pesadelo, com a cabeça sempre coberta por um capuz de enforcado, e vestindo os melhores ternos.
Conselheiro: O conselheiro do Outono é tradicionalmente escolhido pelo Rei, sem questionamento de suas decisões. De fato, nepotismo e compras de posição são considerados a norma na corte do outono. A principal função do conselheiro é servir de espião para a corte do outono, e de fato para ser considerado eficiente o conselheiro deve de alguma forma conseguir angariar recursos para a corte junto aos reis de outras estações.
Paladino das Sombras: O posto de guardiões da corte são responsáveis por garantir que tudo funcione de acordo e que problemas sejam resolvidos rapidamente. Cada Paladino possui autoridade e autonomia para solucionar problemas e exigir recursos de membros individuais, e precisam manter vastas redes de contatos para serem capazes de lidar com as dificuldades que surgem.
Padrinho: Apesar do nome trazer infelizes implicações relacionadas à máfia italiana, o nome se refere não à senhores do crime mas sim a um sábio e respeitado changeling cuja função é introduzir novatos às maquinações da corte. Pelos últimos seis anos o Padrinho é um changeling conhecido como Ivo do Saco, um andarilho homem do saco que, dizem, leva changelings problemáticos pra vender em mercados goblin.

Datas
Os festivais e rituais da corte do outono tendem a ser mais discretos e ocultos do que os realizados por outras cortes, apesar de que pelo menos dois são amplamente reconhecidos de forma aberta. O primeiro é a Caçada da Lua Cheia, que acontece toda sexta-feira 13. Nesse antecipado evento a corte do Outono oferece todos seus vastos recursos e contatos para caçar e arruinar inimigos de uns poucos changelings. A corte oferece armas, equipamento, conhecimento, e tudo que puder, enquanto tudo que outras cortes precisam fazer é oferecer interessados. Enquanto poucos inimigos são escolhidos, muitos changelings participam pela chance de serem justamente cruéis durante um dia.

O outro é, interessantemente, o dia de Finados, durante a primavera. A corte esmeralda deixa suas festividades de lado para que a corte do outono possa fazer uma soturna celebração aos mortos. Ao contrário dos mortais que lembram de seus entes queridos, a corte do outono lembra natureza assustadora e perigosa que todos vivem, bem como permitem contato com aqueles que partiram. Obviamente, tão logo as 23:59 passem, a corte da Primavera retorna ao controle e tradicionalmente dá uma festa ao estilo Dia dos Mortos...


Corte do Inverno
Perícias: Dissimulação, Sobrevivência, Subterfúgio.


Nômades e furtivos, os membros da corte do inverno procuram se esconder e evitar aquilo que pode lhes fazer mal, de tudo desde fadas às maquinações do homem. Eles assim vivem primariamente através de espionagem e segredos. A corte do inverno é a mais poderosa misticamente, e também a que melhor se mistura entre os mortais, efetivamente vivendo vidas normais e ocultas de ambas as sociedades.

Muitos poderiam considerar estranho por que uma corte "governante" tem perfil tão baixo, quando claramente o Outono parece ter uma presença mais forte, mas essa é exatamente a forma que o Inverno prefere agir: Estando ali, discretos, observando. Os inimigos do Inverno nunca o vêem chegando afinal.

A corte mantém olhos em todas as outras, controlando e protegendo o status quo das sombras, preferindo evitar conflito aberto. Como a corte exige pouco, é comum que seja a primeira corte que fugidos de Faerie, procurando desesperadamente abrigo, procurem.

Território
Todo o Centro de Curitiba é território da corte do inverno, além de pedaços do Rebouças, Jardim Botânico, Cristo Rei e Alto da XV. Apesar disso a muito tempo a corte do inverno cedeu parte da região matriz como Zona Franca para todos os changelings. Apesar disso, a região central não é realmente “de ninguém”, e sim um tipo de “protetorado”. Ainda é recomendado que outros changelings meçam suas atitudes, pois o Big Brother está sempre de olho.

A sede da corte não existe no mundo mortal. O castelo de gelo da corte do inverno localiza-se no reflexo do Museu Paranaense, observando (e alguns dizem, vigiando) o Mercado Goblin. Na Vizinhança o anexo não existe, apenas o casarão original, que é muito maior e mais pomposo. O castelo possui portas que conectam com diversos outros museus da cidade, que membros da corte usam para se locomover de forma discreta.

Títulos
Rei: O Rei do inverno é tecnicamente escolhido... de alguma forma que ninguém lembra-se mais, pois o rei, o “General Inverno” Alfonso, uma figura pálida e marcada de cicatrizes que parece ter saído de um romance russo, está no governo pelo menos desde 1920. O rei do inverno age de forma discreta, recebendo seus súditos mas raramente repassando missões ou deveres, exceto em tempos de urgência quando quase a corte toda é convocada. De fato, a corte parece agir como uma grande agência de espiões, com poucos parecendo saber quais são os grandes planos, mas que acabam funcionando do mesmo jeito. A maioria dos cortesãos fica contente em deixar que o Rei, ou seja lá quem for, comande a coisa das sombras e os deixe lidando com seus próprios afazeres. Os que não são contentes com isso logo mudam de opinião.
Conselheiro: A população da corte escolhe o conselheiro que representará o inverno perante outros reis. Como tudo na corte, o processo é feito de forma discreta e silenciosa, de boca a boca. Ao começo do inverno aqueles que se consideram dignos candidatam-se. Cada cortesão tem direito a um voto secreto que é entregue ao Senescal a qualquer momento durante o Inverno. Ao fim do período aquele que tiver maior clamor popular será o próximo Conselheiro. O atual é simplesmente chamado de Maurício, um atarracado humanóide dracônico azulado.
Patrulheiro: Essa é a posição em que o Changeling começa a significar algo realmente para a corte. Passado é seu período em que sua vida pode ser vivida como preferir, sem deveres nem conhecimento dos segredos da corte. Nesse nível é revelado ao changeling muitos dos atalhos e Domínios da corte, bem como alguns dos planos do General Inverno. É esperado que os poucos Escudeiros ajam como mentores e guardiões dos iniciados sem título. Esse título “não existe” para a sociedade do inverno.
Justicar: Os guerreiros e guardiões da corte, são um passo acima dos atrulheiros e logo abaixo do rei, servindo como capitães, mestres espiões, e solucionadores de problemas encontrados pelos membros da corte. O título, bem como a identidade de seus membros, é conhecida, levando à ilusão que a corte é composta apenas por Rei, seus três Justicares e então todos os outros em nível de igualdade. Os três são João Cruzeiro, uma aberração que lembra um peixe abissal, Kaua, um guerreiro tribal indígena, e Gabrielle “Coração Gelado” Lima, uma elfa pálida com garras de gelo afiado.

Datas
Se a corte do inverno comemora diversas datas e realiza rituais, poucos membros de outras cortes ficam sabendo. Como tudo da corte, parece que as decisões ficam a encargo de cada changeling e trupes individuais. O único festival do inverno que é amplamente conhecido é o Baile de Inverno, que é dado na noite mais fria do ano (previamente adivinhada, ou programada, através de contratos com o inverno). Esse elegante baile de máscaras é dado no Palácio Hauer, e rivaliza com os grandes bailes da corte da primavera. A diferença é que nesse baile de máscara todas as identidades são ocultas com magia por um véu de segredos ocultos, e nem mesmo amigos próximos, ou pessoas que vieram juntas, são capazes de se reconhecer.

Poucos de fora sabem, mas muitos membros da corte também comemoram o dia 8 de Abril, fim da Guerra do Paraguai a qual acredita-se que o rei da corte lutou quando ainda humano. Alguns membros da corte prefeririam louvar seu rei comemorando a data em que passara pelo Portal da Estação, mas aparentemente ninguém conhece essa informação (ou, mais tipicamente apropriado para a corte dos segredos, os que sabem não dividem com a população por alguma razão importante).

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