Sessão
24
Cavaleiro
07, 12 4e
Diário,
Iniciamos
as investigações sobre o Raziel. Não de bom grau, uma vez que eu detesto ter
que fazer este trabalho. Não pela utilidade deste, pois tirar um criminoso como
ele de circulação é algo ótimo.
Mas
pelo fato de ter que fazer isso a favor de duas mulheres que estão se
aproveitando do momento para obter vantagens e vingança.
Mas
que seja. Às vezes é necessário é sujar as mãos.
O
grande problema nosso é: Xeloksar limpou as ruas. Isso é algo bom, imagino, mas
para nossa atual empreitada, temos muita dificuldade em encontrar criminosos
influentes o suficiente para que saibam onde está raziel. Eles se escondem, e
não falarão mesmo que presos.
Luna
teve a boa vontade de me passar todas as informações que tem de Raziel.
Ao
ler eles, percebo que elas acham que Raziel está ajudando os espiões de
Irritaria a se infiltrarem entre a Ordem do Dragão, inclusive facilitando a
entrada de assassinos.
A
primeira pista que decidimos seguir é ir atrás dos antigos comparsas de Raziel
que foram presos no expurgo feito por Xeloksar.
Haviam
dois deles que sabíamos o paradeiro: um, o Akiak Xevanos tinha sido preso, mas foi
convencido de trabalhar para com os estrelas negras como parte de um trato. Foi
nos contado, todavia, que este Akiak é um agente sonambulo da Ordem do Dragão,
já que o Urian não confia plenamente neles.
A
outra opção era uma humana chamada Nidel, que está presa nas minas de Hamask. A
parte mais baixa das minas, a mais perigosa, serve como um cárcere para
criminosos, que são obrigados a trabalhos forçados até que sucumbam ao esforço.
Enviei
Helgraf para conversar com ela, mas ao que parece, o cavaleiro não teve
exatamente êxito. No relatório que ele me entregou parece que a Nidel não tem nenhuma
intenção de trair o seu chefe Raziel. Ela diz que se ela for durona,
provavelmente sobreviverá uns 2, 3 anos ainda, mesmo na mina, mas se trair Raziel,
a morte dela será rápida e terrível.
Helgraf
não conseguiu tecer um trato que lhe favorecesse, em especial porque o
cavaleiro nega-se a deixar esta criminosa solta. O máximo que o cavaleiro
conseguiu lhe “oferecer” foi um posto de serva na casa dele.
Acho
que deveria ter mandado Lavinia para fazer essa negociação.
--
Diário,
Ainda
estamos procurando por rastros do Raziel, mas sem muito sucesso. Recebi a
confirmação de que os Estrelas Negras irão me garantir a visita do Xevanos para
poder interroga-lo. Fui avisada que isto tinha que ser muito delicado, para não
quebrar a ilusão do espião dormente.
Em
todo caso, decidimos tomar uma outra aproximação para o caso. Não sabíamos se Nidel
ou Xevanos iriam revelar alguma coisa sobre Raziel, figura que parecem morrer
de medo, então decidimos conseguir informações com outros.
Lamentavelmente,
não sobraram muitas opções depois do expurgo do Xeloksar, e a maioria das
coisas que pensamos em saber tem que ser feita sem que o rei saiba. Ao que
parece, o Xeloksar está levando muito a sério sua missão de limpar Hamask e os
thaar da criminalidade.
Uma
das opções validas que tínhamos era a condessa Dahria Chifregriz, uma influente
nobre local que vem dos tempos do antigo vice-rei. Ela tem relações com várias
figuras escusas de Hamask, e é reconhecida por vender “rumores”.
Xeloksar
tem tentado várias vezes descobrir provas contra ela, para encarcera-la e retira-lhe
seu título de condessa, mas nunca conseguiu nada substancial. É uma figura
esguia.
Lamentavelmente,
sabíamos que ela não irá nos dar a informação de graça. Tentei convencer ao
Urian que convencesse o Xeloksar a permitir que a mulher se transformasse em
duquesa. Pensei que isto seria “pagamento” o suficiente para que ela me
passasse todas s informações importantes.
Lamentavelmente,
o Urian não gostou da proposta. Inclusive, ficou claramente chateado que eu tenha feito a pergunta. Tive que ir sem uma
proposta clara.
Tive
uma reunião com ela de tarde e confesso que poucas vezes na minha vida tinha conhecido
uma figura tão odiosa. Petulante e esnobe, esta mulher realmente acredita que é
intocável. Eu realmente não tenho paciência para as firulas necessárias para
conversar com este tipo de nobres!
A
conversa com a duquesa não fluiu e continuamos na estaca zero.
--
Diário,
Hoje
chegou o Xevanos, o akiak que antes trabalhava com o Raziel. Ele é um homem entroncado
e com uma cicatriz na cabeça. Estava trajando as roupas dos estrelas negras,
que ficaram encima de nós o tempo tudo enquanto conversávamos.
A
Elizabeth não parece confiar na Ordem do Dragão também não. O que me
impressiona é que foi ela a primeira a se aliar com eles. Quando eu e o Izack
fundamos a primeira cabala, chamamos a Eliza para fazer parte, ou pelo menos
para nos auxiliar.
Ela
se negou aos dois, mais por nada pelo seu comprometimento com a Ordem do
Dragão. Agora vejo que esse comprometimento não é tão completo assim, o que me
deixa mais decepcionada ainda.
Eu
sei que ela está com raiva de mim, mas isso não justifica o que ela fez e o que
ela faz. Ela tem razão em coisas que só agora eu percebo, em especial sobre a
Raquel.
A
Raquel ensinou muitas coisas, e eu só entendi agora. Coisas que a Elizabeth já tinha
entendido faz tempo. Acho que deveria pedir desculpas a ela.
Mas
é complicado. Eliza ainda me culpa por estar ausente quando elas precisava, e
eu tenho ainda acho que se ela estivesse mais prestativa com a Cabala, todas
aquelas pessoas talvez não teriam morrido. Incluindo Izack.
Que
seja, isso não é pra agora.
O
importante é que entrevistamos este akiak e ele contou um pouco sobre a história
de Raziel e Lindriel. Ao que parece, Lindriel era a mão direta dele, mas
subitamente o traiu. Esta traição terminou por destruir a operação de Raziel em
Hamask, e ele teve que se resolver em Hamask com o pouco que sobrara de sua
organização, enquanto Lindriel e Luna roubaram o resto.
A
história é bem diferente que a que a Luna conta. Ela costuma se colocar ao
centro da ação, mas o que este Akiak e a Nidel afirmam, ela era uma “figura
secundária” durante a traição. O foco era Lindriel e sua traição.
Dificil
não fazer um paralelismo entre Razeil e Luna. Será que Lindriel opera desta
forma? Será que já houve inúmeros Lunas e Razieis antes? Conhecendo quem é a
filha dele, aquela “professora” de khain, e das histórias que se falam sobre
ela, começo a perceber que a Lindriel não é exatamente a “figura de fundo” que
ela gosta de pousar.
Em
fim, o Xevanos não tinha muito a falar, ele desconhecia onde o Raziel estava
agora.
E
mesmo sabendo um pouco melhor da história, ainda estamos sem avanços.
--
Diário,
Helgraf
tentou conversar mais uma vez com a Nidel, na mina. O resultado foi exatamente
o mesmo e eu não sei porque mandei ele novamente. O ser Helgraf é um homem
sauve e elegante, e permitiu que a bandida dominasse a conversa. Ele até chegou
a oferecer a oportunidade de sumir do mapa, de dinheiro no bolso e uma passagem
discreta para Kassiera, mas a bandida negou: Ela teme Raziel.
Decidi
tomar uma decisão drástica, e avisei a Lindriel e a Luna que a Nidel estava em
nossas mãos. Elas virão a interroga-la em alguns dias.
Estou
segura que as duas poderão tirar as informações dela.
--
Diário,
Faz
dias que estamos tentando encontrar alguma informação sobre Raziel, mas não
saímos do local. Estou começando a ficar irritada com isto.
Tentamos
conversar com inquisitivos de Hamask para obter alguma informação. O fato e que
eles estão tão perdidos quanto nos. O senhor Evarol, um investigador na cidade,
nos deixou algumas dicas, que embora aéreas, são melhor que nada.
Segundo
ele, o crime organizado da cidade tem se tornado mais “negro”. É mais difícil
encontrar e mais difuso, os poucos senhores do crime da cidade, os que
sobraram, estão muito bem escondidos e aqueles que sabem a sua localização são
leais ou mais temerosos da fúria de seus chefes que a do Xeloksar.
Raziel,
ele nos conta, era uma figura menor no crime de Hamask. Era especializado em prostituição
de luxo e drogas caras. Ele rivalizava com Senhor dos Mendigos, outro grande
senhor do crime, que se especializava também em prostituição.
A
prostituição também incluía algumas coisas mais exóticas, segundo ele. Tráfico
de escravos para fins bastante... escusos.
Ele
nos contou que o senhor dos ladrões tinha sido morto, mas que tinham indícios
de que o tráfico para estas finalidades ainda não tinha acabado.
Pedi
a alguns amigos aqui de Hamask que tentassem descobrir algo indiretamente. Algo
como fingir ser mediadores de compra de um destes “escravos” especiais. Não deu
muito certo, tanto porque prefiro não ficar exposto pessoas que conheço,
pessoas inocentes, a criminosos deste tipo.
Mas
pelo menos descobrimos algo importante: O senhor dos Mendigos não estava morto.
Ele existia e estava ativo.
Conversei
com a Lavinia e decidimos que o melhor forma de chegar até Raziel era encontrar
o senhor dos ladrões. Uma das dicas que o inquisitivo Evarol nos contou foi que
haviam alguns vigilantes na cidade que combatiam este tipo de criminosos.
O
rei Xeloskar não poderia permitir abertamente a atuação destes vigilantes, mas
ele incentivava o espirito combativo dos thaar, e gostava, extraoficialmente,
que houvesse gente lutando contra estes criminosos.
Lavinia
se disponibilizou para encontrar um vigilante que pudesse nos ajudar.
Hoje
avançamos um pouco mais.
--
Diário,
Estou
com este gosto na boa de que estamos expondo gente que gostamos, perdendo tempo
precioso e utilizando recursos escassos para limpar a sujeira de Lindriel.
A
fada veio até Hamask e levou a Nidel para Elhedond. Eu não ia permitir isto,
mas Helgraf me aconselhou a deixar, ao final estava precisando dela.
Sinceramente, achei ofensivo que ela passasse sobre minha autoridade e levasse
uma prisioneira da Ordem do Dragão para o covil dela, sem me pedir antes.
Seja
como for, me descreveram que a Nidel estava aterrorizada quando foi levada.
Lindriel parece ser uma figura muito mais terrível do que ela aparentava.
Lavínia
está ainda procurando um vigilante, e diz que encontrou uma que,
especificamente, odeia o Senhor dos Ladrões. Isto é ótimo.
Enfim,
espero que possamos terminar isto logo.
--
Diário,
Enquanto
não obtínhamos nenhuma informação decente, Helgraf e Lavínia foram visitar a
Madame Mileni, uma cafetina local de grande prestigio. Isto porque algumas das
prostitutas e prostitutos que trabalhavam com Raziel agora estavam com ela.
Helgraf
e Lavinia fizeram uma visita oficial, mas a Madame Mileni não falou grande
coisa. Ela afirmou que ela mesma não sabia, e que seus garotos e garotas eram
só empregados. Os dois conversaram com eles e não conseguiram descobrir muita
coisa, exceto que durante o ataque da Aurora Escarlate, muitos dos patrimônios
de Raziel tinha sido destruído. Quando Xeloksar iniciou o seu expurgo, a
operação de Raziel sofreu terrivelmente, forçando ele e muitos outros senhores
do crime a se exilarem de Hamask e trabalhar em prol de derrubar o governo da
Ordem do Dragão e Xeloksar.
Gostaria
de poder eu fazer estas coisas, mas sou aconselhada por praticamente tudo mundo
a não ficar me expondo, agora que sou a Matriarca.
Enfim,
eles eram inocentes.
--
Diário,
Lindriel
não conseguiu fazer a Nidel confessar nada útil. Não sei porque não me
surpreende.
A
parte importante é que a Lavinia entrou em contato com a vigilante. Ela
descreve como sendo uma mulher paranoica, e o encontro foi muito sinistro.
A
vigilante possui um ódio muito pessoal contra o senhor dos ladrões e nos explicou
algumas coisas: Ela diz que o “Senhor dos Mendigos” era um título, não uma
pessoa. Por isso quando o ultimo “Senhor dos Mendigos” morreu, isto não
significou que o legado morreu. A organização e o que ele representa continua.
Ela
sabia disso porque ela mesma tinha matado o último Senhor dos Mendigos, e, em
pouco tempo, outro surgira.
A
vigilante disse ter um dossiê com nomes ligados ao senhor dos ladrões, mas não
queria nossa ajuda. Ela diz que nada serve prender as pessoas, é necessário
destruir a organização, e isso nem a Ordem do Dragão nem Xeloksar poderiam
fazer.
Ela
afirmou que agora o Raziel e o Senhor dos Mendigos estavam trabalhando juntos.
Em
todo caso, ela queria suprimentos em troca das informações, o que foi
garantido.
Lavinia
me trouxe faz pouco os papeis. Um monte de especulações, ligações abstratas e
indiretas entre figuras famosas – algumas mortas – de Hamask com o Senhor dos Mendigos.
Ao
contar a história da vigilante, não conseguimos evitar pensar que talvez o novo
“Senhor dos Mendigos” era Raziel.
Irei
ler com cuidado o que ela nos trouxe e vamos ver que faremos amanhã.
--
Diário,
As
informações que a vigilante tinha são rumores. Basicamente isto. Mas são
rumores importantes que podem ser usados para “comprar” outros rumores com a
Condessa Chifregiz.
Marquei
outra reunião com ela e fui conversar num café. Devo notar, novamente, que eu
detesto este tipo de interação social cínica de alguns nobres.
Eu
fui mais direta desta vez, e mesmo ficando um pouco desagradada, a Condessa Chifregiz
se interessou por nossas informações. E em troca, deu algumas delas:
O
Senhor _________, um grande comerciante de Hamaks, tinha ligações com Raziel.
Ela
confirmou que Raziel facilitava a entrada e saída de espiões de Irritária em
Hamask, e pior, que ela poderia saber quem estas pessoas eram.
Eu
confesso que fiquei muito tentada a lhe dar voz de prisão na hora. Esta mulher,
esta Condessa Chifregiz, que disfarça suas informações como “rumores” sabe
muita coisa sobre os inimigos de Hamask e da Ordem do Dragão.
Esta
mulher possui ligações e conhecimentos que poderiam ter evitado que Cibele e os
Lanternas Negras colocassem mais vidas em risco, de nossos soldados e inclusive
de meus filhos. Ela deveria estar presa, e sei que se eu testemunhasse contra
ela, seria suficiente.
Mas
prefiro evitar o conflito com esta mulher. Por ora.
Amanhã
irei conversar com o comerciante. Espero ter respostas boas, porque está me
irritando demais estas andanças, que colocam em dúvida a utilidade e inclusive
comprometimento da Lindirel com a situação toda.
--
Diário,
Foi
uma cena meio lamentável, mas não o tempo nos pressiona. Fui conversar com um lorde, um comerciante local que diz que não tinha nada a ver com
raziel, a não ser que este lhe devia alguns valores e ele os perdoou, ao final
era sábio ter alguém do sindicato do crime da cidade de bom grau.
Consigo
entender. Por muito tempo esta cidade foi presa por bandidos e criminosos,
vindos de um governo fraco que indiretamente Irritaria promovia. Agora não
mais, mas o passado não pode ser apagado.
Dou
minha palavra a este homem que suas ligações não serão reveladas. Ele é um
homem de família, um comerciante honesto ao que parece, não um criminoso. Sei
que as ligação dele com Raziel for publica, o seu negócio, a sua família e ele
mesmo estarão arruinados. Isso se Xeloksar não o mandar às minas.
O
que este comerciante revelou foi que o Raziel tinha duas bases de operações:
uma taverna na parte baixa da cidade e uma casa no campo.
Agora,
com estas informações, acredito que estamos muito perto de capturar este homem.
--
Diário,
A
Lavínia tentou conversar com a vigilante, pedi-lhe ajuda para descobrir quando
e onde o Raziel/Senhor dos Mendigos iria estar. Em troca, nos prometemos usar a
força de Hamask e da Ordem do Dragão para acabar com a organização.
Ela
não aceitou, inclusive, sequer apareceu para avisar isto a Lavínia.
Decidimos
então usar uma metodologia mais direta. Nós sabíamos onde ele poderia estar,
mas não quando ele estaria.
Fomos
até as ruas de Hamask, acompanhados por algumas pessoas da guarda e pelo
Salamandra, e começamos a prender traficantes de drogas e cafetões, e ameaça-los
de manda-los às minas se não nos revelassem as informações que precisávamos.
A
maioria não sabia o que dizer, ou não queria. Lavínia queria arrancar as
informações deles mediante tortura, mas eu não deixei.
Não
concordo com o sofrimento gratuito. Se houver outra forma de obter as mesmas
informações, mesmo que mais difícil, sempre é melhor que arranca-las através da
dor.
Mas
foi quase isso, devo confessar. Entre mais as negativas destes traficantezinhos
e dos cafetões, mais violentas ficavam as ações de Lavínia e Salamandra. Não
que o ultimo fosse propenso à violência, mas ele batia nas pessoas com tal
frieza e técnica que o deixava assustador. Mesmo sendo cego, ele é um
combatente surpreendente!
Em
todo caso, em pouco tempo recebemos as informações que precisávamos:
Raziel
iria estar em algum dos dois lugares, não sabíamos qual, em dois dias. Munidos
com isto, fomos até a guarda da cidade e à liderança da Ordem dos Defensores
para organizar um ataque em conjunto a casa do campo e à taverna.
Lamentavelmente,
nem Hamask nem a Ordem do Dragão tinham muitos homens para oferecer nesta
empreitada, e tive que decidir qual local seria atacado. Preferi a casa do
campo. Por algum motivo, tenho total impressão que Raziel já sabe que estamos
atrás dele e ele vai evitar a cidade de Hamask por um tempo.
Acho.
Obviamente,
não me deixam participar do ataque. Eles não querem que eu leve uma facada de
um bandidinho quando tenho outras formas mais gloriosas para morrer ao norte,
nas mãos de qesires racistas da neve.
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on domingo, março 13, 2016
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