Sessão
26
Cavaleiro
29, 12 4e
Diário,
Tinha esquecido como a noite era fria ao norte. O vento que se escoa pela abertura uiva como um fantasmagórico lobo voraz que parece morder nossas espinhas e enrijecer nossa carne.
Tinha esquecido como a noite era fria ao norte. O vento que se escoa pela abertura uiva como um fantasmagórico lobo voraz que parece morder nossas espinhas e enrijecer nossa carne.
Mesmo
assim, o ar é revigorante. É limpo e fresco, e mesmo que frio, parece acalorar
o corpo ao ser respirado. Não tem o mesmo cheiro de gente, comida e coisas
mortas como em hamask, e o ar não está saturado com o perfume doce de flores e
decomposição como em Kerra.
Este
ar neutro, frio e saudável é uma das poucas coisas que tenho saudades do norte.
Estamos
acampados na mesma ruina que saímos na perseguição dos corrompidos. Escutamos
vozes de pessoas ao outro lado de uma parede, porém não sabíamos a distância
que eles estavam. O eco e o silencio do nossos lado trai nossa percepção.
Da
mesma forma, não sabíamos se devíamos ajuda-los, pois sem ferramentas nem
conhecimentos, poderíamos até desabar a ruina sobre nossa cabeça. Além do mais,
caso eles entrassem nesse lugar, certamente achariam aqueles terríveis
corrompidos dos que fugimos. E ainda havia o fato de que eles entrariam somente
para saquear esta ruina, e é algo que eu me posicionei contra.
Enquanto
tentávamos decidir, Salamandra nos brinda outra amostra de seus incríveis
sentidos e ele consegue sentir o ar fresco que refrescava a caverna. Não restou
a nos duvidas em procurar outra saída, e logo, se encontrada, tentar assustar
estes saqueadores.
Seguindo
os sentidos de Salamandra, conseguimos chegar até este lugar, o que parece ser
uma torre ou algo parecido. Chegamos cedo e sob o céu luminoso conseguimos ver
o acampamento dos saqueadores abaixo de nós, depois de uma queda muito alta.
Estamos
em um complexo em ruinas, uma cidade antiga não sei se qesir ou se dos antigos
povos mortais que viviam nestas terras.
Seja
como for, decidimos parar e descansar. Enviei Mirani para tentar assustar os
mineradores, mas acho que ela não fez um bom trabalho... Ela realmente não
parece capaz de assustar muita gente.
Em
fim, estamos todos cansados e feridos, e um bom dia de repouso e ar puro antes
da longa viagem a Sylkranias será ótimo!
--
Cavaleiro
30, 12 4e
Diário,
Se
a sorte existe, ela realmente gosta de açoitar meus caminhos.
Acordamos
cedo, comíamos bem, especialmente que a Lavínia trouxe uma quantidade absurda
de comida. Ao que parece ela se desesperou com as histórias do norte, que
diziam que na terra gelada as coisas não crescem e os animais são maiores e
mais perigosos.
Enquanto
nos preparávamos para descer, surgiu a discussão se devíamos nos apresentar ou
não aos nossos vizinhos abaixo, especialmente para alerta-lhes dos perigos da
ruina. Isto também influenciava em como desceríamos: Faze-lo discretamente era
mais difícil e perigoso.
A
última instancia venceu, sob meus protestos.
Lavínia
liderou a descida por ser ágil e uma boa escaladora. Mas a pedra fria e coberta
de gelo traiu mesmo suas habilidades.
Helgraf
pisou errado, caiu sobre a pedra e aterrissou de cabeça sobre o chão duro
embaixo.
A
cabeça dele sangrava e mesmo sendo uma boa curandeira, sem a ajuda de Lavínia
não ele certamente teria morrido. Desacrodado, ele tinha alguns espasmos, mas e
seu crânio estava rachado – qualquer movimento mais abrupto significaria sua
morte ou paralisia.
Para
piorar, a queda do cavaleiro chamou a atenção dos saqueadores, que apareceram
logo munidos de suas bestas. Eram todos urdur que não falavam nenhum idioma a
não ser Khar. O único que entendia o estoico idioma urdur era exatamente
helgraf, que dessangrava-se no chão a meu lado.
Tive
que tomar a iniciativa, ao final, pelo menos entendia um pouco de Khar.
Consegui me comunicar bem com o líder dos urdur, e ele pareceu entender nossa
situação. Ele me reconheceu e ao pareceber entendeu o desespero de nossa
situação.
Ele
ordenou a que cuidássemos do Helgraf e saíssemos do seu território.
O
problema surgiu com os dois capagans que ele ele deixou para ficar de olho em
nos. Os dois, um urdur feio com uma barba vermelha em crescimento, e uma mulher
em uma geométrica armadura de procedência urdur.
Eles
carregavam pesadas bestas e as agitavam em nossa direção. A qualquer movimento
que fazíamos eles falavam em Khar e ameaçavam. Consegui entender que eles
queriam ou achavam interessante algo como uma recompensa.
Em
todo caso, estes dois guardas eram muito hostis. Eles queriam que levássemos
Helgraf embora o quanto antes, mas não nos permitiam recolher nosso armamento
que estava no solo. Sem armas, estaríamos nos expondo aos perigos do norte.
Em
especial pelo escudo da sera Medeia, que parecia ter um significado especial
para ela.
A
discussão começou a acalorar, enquanto eles queriam que fossemos embora, e eu
não queria deixar nossas armas e dar a volta sem garantias de que não seriamos
alvejados pelas costas.
Eu
suponho que sem o Helgraf ferido, não teria sido muito difícil para nos dominar
e desarmar estes dois urdrur. Com Medeia e Salamandra a nosso lado isso teria
sido fácil. Mas so bastava um virote para aniquilar qualquer um de nos...
Cada
vez que o Urdur baixava a arma ou apontava para outro lugar sentia a vontade de
arranca-lhe a arma ou derrubar ele. Mas qualquer movimento meu era a dica para
a outra urdur atirar contra o Helgraf, a Lavínia ou a Lindriel que lá estavam.
A
tensão começou a escalar e quando eu pensei que iria levar um tiro, a sorte
novamente quis dar uma guinada.
Escondidos
na neve, um grupo de quatro ou cinco arqueiros saíram do nada e atiraram nos
urdur, inclusive atirando uma das bestas, que passou perto da minha cabeça e se
enterrou no chão, a centímetro das Lavinia.
Estes
arqueiros nos comandaram a nos afastar e pegamos refúgio em uma das casas
abandonadas da ruina.
Lá,
os arqueiros se revelaram como sendo Estrelas Negras, e quem os comandava era
nada menos que Cecil.
Fazia
anos que não o via, muito tempo mesmo, e o tempo pareceu não passar para ele.
Apesar do frio, seus olhos negros ainda eram cheios de vida, e portava-se de
forma animada e confiante. O quanto disto era realmente verdade e o quanto era
mera atuação para levantar os ânimos de seus homens nestas terras distantes, é
difícil saber.
Em
todo caso, ele nos explica que estavam de olho nestes saqueadores faz semanas,
que procuravam alguma coisa escondida nas ruinas. Ele não quis me falar ao que
os estrelas estavam, e se encontrava bastante ciente de que a Elizabeth não
está feliz comigo.
Devo
conversar com ela quando chegar a Hamask!
Em
todo caso, eles nos tiram das imediações da ruina e viajamos algumas horas até
uma clareira no meio da floresta. O céu azul e a neve branca era acolhedoras,
de certa forma.
Nos
despedimos, e enquanto eles voltaram para a floresta, nós fomos para o norte.
Helgraf
acordou no meio do caminho, e parece que vai passar bem, apesar de que deve se
cuidar. Do resto, fica este clima ruim e tenso entre gente que, em teoria,
deveria ser nossos aliados.
Regian d'Cecil |
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Espião
3, 12 4e
Diário,
A
viagem pelo norte tem sido pesada. O clima bom tem nos ajudado, mas nenhum de nós
estava preparado para uma viajem deste jeito. Digo, não vamos morrer, e não sofremos
nenhum machucado além dos do Helgraf, mas o frio das noites, o silencio e os
dias curtos parecem ter um efeito letárgico em minhas
companhias. Os corpos, entumecidos pelo frio, parecem se mover devagar, e os
humores estão dos piores.
Exceto
pela Lindirel, Mirani e Salamandra, que resistiam ao frio como se ele não
existisse.
Estou
escrevendo de um porto ao norte, as margens do mar do norte. À distância é possível
reconhecer a luz de Sylkranias sob o céu escuro, mas ainda é longe. O local é
grande, e aqui se fala um dialeto estranho que mistura krigaren a alguma coisa.
Kossoths habitam o local, homens e mulheres altos e com os rostos endurecidos
por uma vida com pouca luz.
O
Sol aqui é perpendicular, nunca se elevando muito no horizonte, e o meio dia ao
norte tem a luminosidade do sol do inicio das manhas ao sul. Jamais muito
claro, jamais muito quente. Dizem que mais perto de Sylkranias o sol é ainda
mais baixo e a luz solar mais escassa.
Ao
mesmo tempo que isto parece gelar o espirito dos mortais, também nos brinda
espetáculos que meus companheiros jamais tinham visto. A luz que batia nas
montanhas mais altas fazia os picos afiados parecerem mais gradiosos e bonitos,
e nos mas pequenos em comparação.
E
as auroras boreais... Mesmo Lavinia, geralmente apática, não conseguiu conter o
assombro perante estas luzes. Mesmo Lindriel, geralmente sempre disposta a
emitir algum comentário acido, calou-se admirou as luzes do céu do norte. Mesmo
em uma terra tão crua e esquecida como esta, o mundo continua belo.
Dizem
das lendas de um povo antigo os ancestrais dos khossoths, que vieram do norte navegando
pelas auroras boreais. É fácil imaginar porque essa lenda nasceu: as luzes nos
céus parecem ondas luminosas, uma corrente de aguas espectrais que parece que
poderia carregar o céu inteiros se quisessem.
Em
todo caso, esta cidade que estamos se chama Oberhart. É pequena, amontoada,
cheia de peixe. É também um dos últimos bastiões da civilização mortal ao norte
do mundo.
Conseguimos
trenos e algumas renas que Luna comprou para nos, e Medeia conseguiu arranjar
uma tenda grande e resistente para suportar o frio feroz. Decidimos ir por
terra, através de um amplo estreito que levava ao norte a alguns dias de viagem
até Sylkranias, pois se esperássemos por barcos, perderíamos muito mais tempo,
se arranjássemos.
As
pessoas desta cidade contam de que há um monstro no lago, e que não é mais
seguro viajar por ele. Em todo caso, passaremos esta noite não ao redor do fogo,
mas em uma estalagem como fogo de chão de verdade.
--
Espião
6, 12 4e
Diário,
Estamos
no terceiro dia desta viagem pelo gelo. É tão gelado que é difícil escrever e a
tinta do meu tinteiro congela se eu me afastar muito tempo do fogo.
As
nossas pesadas roupas de frio nos protegem do pior, mas o ar gelado sempre
encontra uma forma de escoar-se e alocar-se por dentro, e mesmo com camadas de
roupas peludas, ainda trememos.
Lavinia
e Luna sofrem especialmente, e posso jurar que ambas estão muito mais brancas
do que o normal. Helgraf e Medeia, mesmo um pouco mais acostumados e sendo mais
resistentes ao frio, ainda tremem e incomodam-se. O frio parece ter mesmo superado
a já mítica resistência de Salamandra, que agora veste um pesado casaco.
Mirani
e Lindriel, por serem espirituais, não sofrem com o frio. Ou não deveriam.
Lindriel é supreendentemente mais empática nisto e colocou um casaco de pele
sobre os ombros. Eu não sei se é porque ela quis simpatizar com Luna ou porque,
de alguma forma qesir, ela começou a sentir frio porque todos nos sentíamos.
Mirani
não tem esta empatia e move-se, veste-se e age com a mesma naturalidade aqui
que como agia, vestia-se e movia-se em terras mais cálidas de Lagoa D’Ouro.
Isto a torna em partes muito irritante para todos nos, e em parte também nos
relembra o que ela é: Ela parece muito mais espectral agora que antes, muito
mais espiritual.
Eu
estou um pouco melhor. Pouco só. Há muito tempo que não venho para o norte e
pouco ainda comparto com estes khossoths do extremo norte a não ser a aparência
alta. Eu abandonei esta terra faz mais de dez anos, e minhas andanças só me
levaram muito ocasionalmente ao norte.
É
mais. Eu prefiro evitar o norte. A verdade é que a neve não me traz alivio
nenhum, somente lembranças ruins.
As
noites, meus pesadelos de dragões usuais agora são substituídos por pesadelos
de corvos. Lembro-me que a última vez que passei tanto frio foi quando persegui
o Grade Corvo ao norte e quase morri dessangrada e com hipotermia. Ainda não
sei o que aconteceu naquele momento, só consigo lembrar espasmos deste espirito
terrível nas montanhas geladas das terras ao norte de Corvo Branco.
Fazia
anos que não me lembrava disso. Não que não tenha colocado pensamentos nisto:
Durante dois ou três anos eu fiquei obcecada com demônios por causa disso. Eu
precisava entender o que este espirito era, o que ele queria.
Nunca
encontrei as respostas que eu queria, e quando percebi que minha curiosidade
estava me levando profundo demais, tive que parar. Descobri símbolos e rituais
terríveis, que nunca contei a ninguém. Os tomos mais perigosos de demonologia e
os segredos mais negros estão escondidos nas catacumbas das igrejas,
especialmente do Criador e do Cavaleiro, aos quais, naquela época, eu tinha
fácil passagem...
Acho
que se eu fosse má e quiser destruir tudo mundo, viraria uma demonologista
bastante perigosa.
Enfim,
não é um pensamento para agora.
As
pessoas estão nervosas e cansadas. A viagem com as renas, mesmo sendo rápida, é
tediosa. A terra aqui é monótona, sempre branca e somente quebrada por algumas
rochas salientes que mais parecem grandes dentes monolíticos saindo da neve.
Nada de interessante passa neste lugar em que não há nada a não ser a neve e
estas rochas enfadonhas.
Sequer
conversar conseguimos, pois o vento cortante é forte e devemos gritar para
superar o uivo grave do vento gelado. O vento parece levar o som embora e deixa
somente um zumbido obtuso em nosso ouvidos.
O
fogo é aconchegante e nossa grande tenda fica quente rapidamente, apesar de que
nunca quente o suficiente.
--
Espião
9, 12 4e
Diário,
Deuses
existem.
Digo
isto mais para afirmar que não sou ateia. Eu sei que deuses existem, eu sei que
há milagres e há anjos e essas coisas. Eu sei que alguns deles até respondem
preces e pela fé dos seus crentes.
Mas
eu sei que estes deuses não são divinos. São espíritos, espíritos estupidamente
poderosos, estupidamente velhos ou estupidamente grandes, que, de algum lugar
escuro ao outro lado do véu, se divertem com os mortais.
Não
há neles nenhum tipo de benevolência, e nenhum plano maior. Eles existem por
eles mesmos, como espíritos o fazem, agindo de forma aleatória e
caprichosa.
Eu
tive fé uma vez, muita fé em uma divindade de proteção e coragem, a quem eu
pregava para proteger aqueles que amava e que me desse coragem para encarar
todos os males. A maioria dos que amo estão mortos e a coragem eu tive que
procurar em meu próprio bile, sempre com o gosto amargo de ter que arrancar um
pedaço de mim e deixar um pouco do que sou para traz.
Este
deus existe, mas ele nunca respondeu. Nunca iria responder, e eu me cansei de
esperar a empatia de um ser caprichoso, distante e inumano. Não sou mais escrava
de caprichos divinos.
Hoje,
vi uma destas manifestações divinas de capricho ou vi uma manifestação da
coincidência que tanto o Sem Escamas amava.
Em
nossa viagem, fomos pegos por uma tempestade atroz que baixava a montanha como
uma verdadeira avalanche de vento e neve. Paramos e construímos nossa barraca o
mais rápido possivel, usando os trenos para nos proteger – a força titânica do
vento era sentida mesmo à distância e percebemos que sem ancorar nossa barraca
ela seria carregada sem dó pela ventania.
Criamos
um fogo rápido, alimentado com muita da madeira que tínhamos, e tivemos
dificuldades em acalmar as renas para que não se assustassem com a ventania.
Por sorte, Medeia e Mirani levam jeito com animais e nossas renas ficaram apaziguadas.
Quando
a tempestade chegou, foi com um estrondo crescente que vinha de fora e que
parecia crescer dentro de nós, como uma lembrança primitiva de medo.
Imagino
que os filhos de Ekaria temem o mundo. Digo isto porque diversas vezes, quando
me encontro perante a alguma maravilha da natureza, sinto este medo primitivo
borbulhando no amago do meu ser.
É
mais que o medo de sentir-se pequeno, de pensar em como se é frágil. É um medo
que não deveria ser, como se no fundo de nos, mortais, lembrássemos da
mitológica luta do mundo contra Ekaria, e o vento, o mar, a tempestade, o
relâmpago, o fogo e as rochas trouxessem a nos aquele momento em que as cinco
cores se voltaram contra a mãe dos monstros e a prenderam no coração do mundo.
E um pouco deste medo, deste ódio, sobrevive ainda em nos, descendentes dos
filhos de Ekaria.
A
tempestade piorou rapidamente, e logo todos começamos a duvidar se nossos
trenos e nossa tenda e nosso fogo seriam o suficiente. Luna, frágil como é,
começou a, quase que literalmente, congelar.
Lindriel,
que também começou a ser afetada pelo frio atroz, mesmo sendo um espirito,
tentou conjurar uma magia para nos proteger do frio, mas não funcionava. Ela
começou a rogar proteção à Dorana, que ao que parece respondeu.
Ou
não.
No
pior da tempestade, o céu pareceu acalmar-se subitamente e o vento que antes
torturava nossa barraca, agora parou. De repente.
Quando
sai pra fora para ver o que tinha ocorrido, descobri esta fada caminhando entre
o vento voraz como se não lhe afetasse. A tempestade continuava, mas agora
ignorava onde estávamos, a ventania resumindo-se além, deixando nossa cabana em
paz.
Esta
fada se chama Nayni. Seu cabelos azuis esvoaçando entre o vento calmo. É
incrivelmente bonita, como se fosse feita a partir da escultura de um grande
mestre. Alta e altiva, ela parece algum tipo de princesa feérica que as
histórias contam, que apaixonavam-se por cavaleiros mortais honrados e que
comandavam as mais gloriosas missões para salvar as terras de grandes males.
Não
sei se é porque estou acostumada já a Lindriel, mas outras fadas, como o mestre
de Mirani ou esta Nayni, parecem-me tão mais agraciados, belos e sobrenaturais
que a companheira de Luna. Lindriel parece-me mundana, como se fosse uma humana
com olhos grandes e orelhas pontudas, nada mais.
Ela,
que possuía poder sobre a tempestades, acompanhava nosso progresso a algum
tempo, e quando viu que fomos pegos, se interessou por nós e veio nos ajudar.
Agora
estamos a viagem do castelo dela, um local que fica um pouco ao norte. Estamos
nas terras dela, e como é o costume do norte, somos bem vindos como visitantes.
Agradecemos o convite e agora viajamos para este castelo feérico escondido no
meio do gelo esquecido do mundo.
Nayni |
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on sexta-feira, abril 08, 2016
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